segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Conceituando Currículo e sua Integração com as Tecnologias

Que as tecnologias representam a realidade e que estão por toda parte e para todos os fins, é fato. Hoje vivemos impregnados pela comodidade e facilidades proporcionadas pelas diversas mídias e recursos tecnológicos variados, todos colocados à disposição e a serviço da modernidade.
Na educação, apesar de tardio, estudos relacionados a como integrar as mídias ao currículo escolar vem andando a passos largos, no intuito de recuperar e diminuir a imensa distância que se estabeleceu entre o ensino escolar, com um currículo fragmentado e distante da realidade de vida dos alunos e professores, do novo mundo, globalizado e totalmente informatizado. Nesse contexto, o currículo ainda é concebido como programa ou mera listagem de conteúdos, totalmente desvinculado da experiência de vida trazida pelo aluno e fora do contexto de mundo em que ele está inserido. Nesse sentido a contribuição das tecnologias ao currículo é de vital importância para as mudanças desses paradigmas. Com uma sociedade marcada por transformações tecnológicas acentuadas, a contribuição das mídias vem trazer para o currículo um novo panorama, isto é, novas possibilidades de proporcionar aos alunos um ensino aprendizagem mais abrangente, menos isolado do mundo em vive e age. E assim as novas tecnologias chegam a escola com a proposta de transformar, pois mexe de forma profunda com o jeito de ensinar e aprender. Para isso acontecer efetivamente a idéia do que seja currículo precisa ser repensada por todos. Este abrange tudo o que acontece na escola, perpassa por preparar o ambiente escolar e colocar a disposição do aluno todos os instrumentos necessários que viabilizarão a construção do seu conhecimento, numa perspectiva construcionista, que pressupõe que o próprio aluno é o autor da sua aprendizagem e esta não acontece isoladamente. Sem, contudo esquecer que o professor tem o papel relevante e imprescindível de ser o articulador e provocador das situações de aprendizagem. É nesse pressuposto que entra o trabalho com projetos que possibilitará ao aluno pesquisar á partir de uma problematização; dentro de uma lógica interdisciplinar ele irá em busca do novo e de respostas para suas dúvidas de forma que sejam significativas para eles. A experiência vivenciada com projetos de aprendizagem integrando as diversas mídias e outros recursos existentes permite afirmar que já não lugar para as práticas ultrapassadas de um ensino fragmentado e descontextualizado. O novo aluno que deverá atuar nessa sociedade do conhecimento e da tecnologia é ativo, dinâmico e colaborativo e o papel da escola precisa ser repensado para que de fato possa cumprir sua função de formar esse novo cidadão.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Pensando sobre possíveis mudanças e contribuições das tecnologias

É inegável que as tecnologias hoje impregnam todos os meios de comunicação, trabalho e lazer. Em toda parte e por qualquer hora, fazemos uso de um recurso tecnológico, mesmo sem nos darmos conta disso. As ferramentas tecnológicas chegaram como progresso, como meio de facilitar a vida das pessoas. Chegou cercada de mistério e fascínio. Causou desconfiança em alguns, pavor pra outros e, não sendo de se estranhar, maravilhou crianças e jovens. Assim, logo veio a tornar-se o grande atrativo da juventude. A cada nova ferramenta criada, um desafio estava lançado. Eles buscaram, experimentaram, arriscaram. Aprenderam a utilizar as máquinas pra dominar um mundo repleto de novidades, bem diferente do que era oferecido até então.
E nesse contexto, a escola quis ocupar seu espaço, porém numa posição inversa. A tecnologia entrou, mas não causou o alvoroço que causou do lado de fora. A televisão,o vídeo eram máquinas que vinham na intenção de tomar o lugar do professor, portanto chegaram revestidos de desconfianças e os alunos não os conceberam da mesma forma que os viam do lado de fora. Estes eram meros repetidores do que já havia sido falado pelos professores, ou estavam ali para enfeitar a escola. Da mesma maneira, vieram os computadores, raros, quase inatingíveis para os alunos. Construiu-se assim uma barreira quanto à inovação na sala de aula, quando deveria ter sido uma excelente oportunidade de desenvolver um ensino e uma aprendizagem em parceria com a criatividade e interação proporcionados pelas novas tecnologias.
Mas como as mudanças chegaram pra ficar, por serem a cada dia mais necessárias e cumprirem bem seu papel rumo a modernidade, a escola sente a urgência de adequar seu currículo as novas exigências. Como promover o ensino e aprendizagem desvinculada do mundo tecnológico? Como atrair o aluno para fazer novas descobertas de forma arcaica, ultrapassada se fora da escola o mesmo problema ele resolve navegando num mundo fascinante de descobertas, interagindo, dominando esse mundo até então desconhecido?
O primeiro e grande desafio, certamente, consiste em contagiar o professor. Este sim, o verdadeiro articulador das situações de aprendizagem. Num trabalho inverso ao que se deu com os alunos que, abraçaram o novo sem ressalvas. Eles vieram pela curiosidade, pelo fascínio, pela aventura de explorar e, portanto, estão prontos pra receber e perceber o conhecimento através das tecnologias. Já o professor, mesmo entendendo que esses recursos são verdadeiros aliados da aprendizagem, ainda precisa derrubar as barreiras iniciais, os mitos que foram construídos em torno das mídias na escola. Para recuperar o tempo perdido, é preciso mergulhar na informação em busca de uma formação pedagógica que atenda aos novos anseios da escola e da educação no atual contexto de mundo. Esse novo mundo que cada vez mais exige interação, a busca por um conhecimento que muda a toda hora, é dinâmico e exige uma nova postura do professor e inovação constante na sua prática.
É nesse pressuposto que as mídias são colocadas no cenário educacional. A proposta é integrar as diversas tecnologias a serviço do ensino e da aprendizagem. Não da forma superficial e pouco funcional que está acontecendo hoje, porém colocando as mídias a disposição do aluno para que ele construa e reconstrua o saber; busque e aprofunde seus conhecimentos, imersos num cenário informatizado. A escola é esse cenário e ela deve estar pronta para atender essa demanda que avança vertiginosamente e que obriga a mudanças urgentes dos paradigmas instalados.
Os repetitivos fracassos escolares, os resultados medíocres nos números educacionais nos apontam que a escola precisa mudar. O currículo precisa ser adaptado ao novo, o ambiente escolar deve estar propício a uma verdadeira imersão tecnológica. O professor em constante aperfeiçoamento para mediar e promover essa aprendizagem, desenvolvendo novas formas de aprender e ensinar e para isso, as tecnologias proporcionam novas possibilidades pois devolve pra escola a responsabilidade pela construção do conhecimento, de forma mais atrativa, instigadora e dinâmica.
São estas as grandes contribuições que, a meu ver, colocam os recursos tecnológicos como grandes aliados do processo ensino e aprendizagem e proporcionam uma formação integral do aluno, preparado para agir no mundo e para o mundo.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

A LISTA

Faça uma lista de grandes amigos,
quem você mais via há dez anos atrás...
Quantos você ainda vê todo dia ?
Quantos você já não encontra mais?
Faça uma lista dos sonhos que tinha...
Quantos você desistiu de sonhar?
Quantos amores jurados pra sempre...
Quantos você conseguiu preservar?
Onde você ainda se reconhece,
na foto passada ou no espelho de agora?
Hoje é do jeito que achou que seria?
Quantos amigos você jogou fora...
Quantos mistérios que você sondava,
quantos você conseguiu entender?
Quantos defeitos sanados com o tempo,
era o melhor que havia em você?
Quantas mentiras você condenava,
quantas você teve que cometer ?
Quantas canções que você não cantava,
hoje assobia pra sobreviver ...
Quantos segredos que você guardava,
hoje são bobos ninguém quer saber ...
Quantas pessoas que você amava,
hoje acredita que amam você?

Oswaldo Montenegro